Bancos mais tradicionais estariam incomodados com as exigências do open banking, cujas regras não se aplicam às fintechs.
A guerra entre os “bancões” e as fintechs ganhou um novo capítulo com o surgimento do open banking, que permite o compartilhamento padronizado dos dados do clientes entre as instituições para oferecer serviços bancários personalizados.
O fato é que enquanto os bancos mais tradicionais estão sendo obrigados a ajustar seus sistemas de forma a atender as exigências do Banco Central (BC), os banco digitais ainda não são obrigado a participar (e ter que sofrer tecnologicamente com a mudança).
Apesar disso, fintechs como o Neon e o Mercado Pago, por exemplo, optaram por aderir. Com a brecha, os grandes bancos passaram a criticar o Nubank, afirmando que a maior das empresas desse segmento, com 41 milhões de clientes, ainda não se dispôs a integrar espontaneamente a fase 2 do open banking.
Vale dizer que é nessa etapa que os bancos começam a padronizar seus sistemas para que a troca de informações entre as empresas seja possível. A partir daí, os usuários poderão comparar os produtos dos bancos, transferir seus históricos completos e até mesmo mudar de instituição facilmente.
Fintechs respondem
Ao ser questionado sobre estar de fora do open banking, o Nubank declarou que ainda neste mês dará início aos pagamentos e transferências via Pix a partir de outros ambientes. Apesar da declaração, a fintech não informou se vai aderir à fase 2 do open banking.
A Stone, de acordo com fontes próximas à empresa, está focada em fortalecer sua a equipe de tecnologia para atender às futuras mudanças que serão impostas com as novas medidas. Já o Inter declarou que vai entrar nas fases 1 e 2 do open banking quando a medida se tornar oficialmente obrigatória para fintechs.
Fonte: Capitalist.