Semana será marcada por Copom e IPCA de novembro; veja o calendário

Decisão do Copom é o principal evento da semana no Brasil e acontece dois dias antes da divulgação do IPCA de novembro, para o qual se espera desaceleração na comparação mensal.

Notícias sobre a variante ômicron do coronavírus devem continuar pautando os mercados internacionais, na medida de seus possíveis impactos sobre atividade global, inflação e política monetária, depois que o presidente do FedJerome Powell, adotou tom mais hawkish ao falar sobre a persistência inflacionária. Dado de inflação é destaque na agenda dos EUA e PIB do terceiro trimestre na da Europa.

Copom, inflação e sinalizações

Após presidente do BC, Roberto Campos Neto, manter um tom visto como dovish pelo mercado, PIB do terceiro trimestre mostrar recessão técnica e produção industrial decepcionar, as apostas convergem para manutenção do ritmo de 1,5 pp de alta da Selic.

Mercado estará atento às sinalizações do BC sobre o que virá pela frente, enquanto Focus segue mostrando Selic em dois dígitos ao final do ciclo, em 2022. Alguns analistas acreditam que o comunicado do Copom na quarta-feira, dia 8, pode até sinalizar desaceleração da magnitude de alta da Selic no ano que vem, mas isso não é um consenso.

Na sexta, IBGE divulga o IPCA de novembro, que deve desacelerar para 1,08%, segundo as expectativas compiladas pela Bloomberg, ante 1,25% de outubro.

Na comparação anual, índice deve ir para 10,86%, ante 10,67% anterior. Também no front da inflação serão divulgados na semana o IGP-DI de novembro, dia 7, e parciais do mês do IPC-S e IPC-Fipe.

Leia mais: Recessão abre espaço para BC desacelerar ritmo em 2022

Atividade

Dados de vendas do varejo de outubro serão conhecidos no dia 8 e a expectativa é de uma recuperação da queda de 1,3% de setembro para uma alta de 1,0%, enquanto na comparação anual haveria uma baixa de 5,6%, ante os -5,5% anteriores. Dois dias antes, Anfavea divulga vendas, produção e exportação de veículos de novembro.

Inflação e PIB no exterior

Indicador chave da inflação dos EUA, o índice de Preços ao Consumidor (CPI) deve mostrar no dia 10 que os preços continuaram subindo rapidamente em novembro. Expectativas são de 0,7% ante 0,9% na comparação mensal e de 6,7% ante 6,2% na anual.

Agenda americana traz ainda dado do sentimento do consumidor de Michigan, com perspectiva de melhora.

China e Alemanha também divulgam CPI. Na zona do euro, principal expectativa é para o PIB do terceiro trimestre no dia 7. Na Alemanha, no dia 8, o social-democrata Olaf Scholz deve se tornar chanceler em substituição a Angela Merkel, que encerrará 16 anos de governo.

No mesmo dia, presidente do BCE, Christine Lagarde, fala na Quinta Conferência Anual da ESRB. Na semana, alguns países decidem sobre taxas de juros, incluindo Austrália e Hungria, cujo banco central é considerado o mais hawkish na Europa central.

A onda ômicron

A nova variante ômicron do coronavírus segue como vetor de incertezas sobre o rumo da pandemia e efeitos nas economias globais. Casos de Covid-19 na África do Sul quase quadruplicaram em quatro dias.

Pelo menos cinco estados dos EUA relataram casos de contágio pela nova cepa. Uma pessoa que viajou para uma convenção de anime no Javits Center de Manhattan teve um teste positivo para ômicron e embora o evento exigisse vacinas e máscaras os protocolos nem sempre foram respeitados. Agora a cidade precisa alertar 53.000 participantes para fazerem o teste imediatamente.

Nubank define preço de IPO

O Nubank reduziu a faixa indicativa de preço para seu IPO nos Estados Unidos, diante da queda recente nas empresas globais de tecnologia, em uma transação que pode avaliar o banco digital em mais de US$ 40 bilhões.

Fundos do Softbank para América Latina estão entre os investidores dispostos a comprar pelo menos US$ 1,3 bilhão em ações Classe A da companhia ao preço da oferta, segundo comunicado. A definição de preço está prevista para dia 8.

Fonte: Money Times.

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