Ainda neste ano, revolução do mercado financeiro passará a se chamar Open Finance para ficar mais alinhado à sua complexidade e inovação
O Brasil está vivendo a jornada de construção do sistema financeiro do futuro com o Open Banking, uma revolução que irá tornar a concorrência nessa arena ainda mais acirrada, considerando as oportunidades que se abrem a outros atores desse ecossistema, além dos bancos tradicionais.
Um dos grandes ganhos proporcionados pelo Open Banking ao consumidor é que ele será, de fato, dono dos seus dados e poderá compartilhá-los com as instituições que quiser e decidir por produtos e serviços de cada uma delas, sem a necessidade de ser correntista. Nessa disputa pelo cliente, todos os participantes serão pressionados a inovar e a realizar taxas atraentes para conquistá-lo.
O primeiro passo para essa evolução foi dado no início de fevereiro de 2021 com a Fase 1 do Open Banking, que agora se prepara para a Fase 2, prevista para entrar no ar agora no dia 15 de julho, de acordo com Banco Central (BC). Outras duas seguirão e serão concluídas até dezembro de 2021, quando o Open Banking estará em pleno funcionamento, de acordo com estimativas do BC.
A Fase 3, prevista pelo BC para o final de agosto, em que acontece o compartilhamento de serviços, propostas de operação de crédito e da iniciação de pagamentos é um momento importante porque o Open Banking irá se unir ao Pix. Certamente, essa movimentação irá gerar muitos outros benefícios para os meios de pagamento no país.
A final, que será concluída em 15 de dezembro de 2021, é a Open Finance, que contemplará os dados sobre operações de câmbio, investimentos, seguros, previdência complementar aberta, entre outros.
O nome certo da revolução: Open Finance
Em live promovida pela empresa de private equity EB Capital, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), revelou que Open Banking passará a ser Open Finance, por ser mais adequado à complexidade e ao valor do projeto do que o nome original.
Neto reiterou a importância do compartilhamento de dados do consumidor seja uma operação que está sob o comando dele no Open Banking. Dessa forma, poderão obter produtos melhores e mais baratos. “O que está a caminho não é uma fusão somente de bancos e fintechs, o que está a caminho é a fusão de mídia social com a indústria financeira”, afirmou.
Independentemente do canal que as pessoas irão escolher para realizar as suas operações financeiras, prosseguiu Neto, é importante ter um bom ambiente de sandbox regulatório e seguro.
O importante nessa trajetória do Open Banking é que o setor financeiro segue o seu curso na direção de uma transformação significativa na atuação de todos os participantes desse ecossistema do País. E desta vez o consumidor não está de fora.
Fonte: ComputerWorld.