Duas empresas que trabalham diretamente com Bitcoin estão aprovadas oficialmente pelo Banco Central a integrar o sistema do Pix.
O Banco Central do Brasil divulgou nesta quinta (22) a lista de todas as instituições aprovadas para o Pix, o sistema de pagamentos instantâneos que deve estrear no dia 15 de novembro.
E, entres as instituições aprovadas, estão duas empresas nacionais que lidam diretamente com Bitcoin e criptomoedas, a Atar e o Z.Ro Bank.
Segundo o BC, o processo de adesão de instituições ao Pix para ofertar o novo serviço a partir do seu lançamento, em novembro, se encerrou no dia 16 de outubro de 2020, com a conclusão das etapas cadastral e homologatória.
“O Zro Bank vem investindo bastante nos 3 principais pilares do nosso Banco Digital, que são: Câmbio, Cripto e Pagamentos Digitais. O PIX é extremamente estratégico para nosso projeto e é a ferramenta ideal para permitir que o brasileiro possa pagar qualquer coisa com criptomoedas usando a wallet do Zro Bank e lendo o QR Code de todas as maquininhas e todo o mercado que a partir de agora estarão conectados ao PIX”, declarou Edisio Pereira Neto, CEO da Z.Ro Bank.
No total, de acordo com o BC, foram aprovadas 762 instituições, incluindo bancos, financeiras, fintechs, instituições de pagamentos, entre outras, que concluíram com sucesso todos os testes necessários e estão prontas para ofertar o Pix de forma segura e em conformidade com os requisitos definidos pelo Banco Central.
“A quantidade e a diversidade das instituições que estão aptas a ofertar o Pix reforçam o caráter aberto e universal do arranjo de pagamento, evidenciam a grande competitividade que o Pix traz ao mercado e demonstram o forte engajamento dos diversos agentes para a adoção do Pix.” declarou o BC.
Uma das principais empresas do Brasil que oferece pagamentos e serviços com Bitcoins, a Uzzo, afirmou ao Cointelegraph que também deve oferecer o novo serviço do BC por meio de uma parceria.
“A UZZO Pay disponibilizará o Pix aos seus clientes ainda em 2020 através de parceria com uma empresa integrada e homologada ao BC. Reitero que já possuímos desde 2019 uma solução similar ao PIX que chamamos de transferência instantânea que permite a transferência bancária de valores 24hs por dia, todos os dias da semana”, diz Thiago Lucena, CEO da UZZO Pay.
Pix é democrático
O Cointelegraph já havia adiantado que o Pix não iria “barrar” empresas do mercado de criptoativos.
Durante o lançamento do Pix, Carlos Eduardo de Andrade Brandt Silva, chefe adjunto de unidade do BCB, destacou que “Interoperabilidade, ja acomoda todas os agentes, de transferências simples, no modelo conta a conta” que a forma como as exchanges operam no Brasil hoje.
“Não haverá nenhuma restrição para a entidades não regulamentadas pelo Banco Central do Brasil, inclusive exchanges de Bitcoin e criptomoedas. Nossa iniciativa é para criar melhores condições de competição entre os serviços financeiros. Agora todas as instituições que são reguladas pelo Bacen devem seguir as regras que já estão estabelecidas”, disse na época.
Porém com a aprovação do Z.Ro Bank e da Atar além de participantes indiretos do Pix, Bitcoin e criptomoedas, estão integrados “dentro” do sistema com dois participantes homologados pelo BC.
Além da Atar e da Z.Ro Bank também foi aprovado a empresa U4Crypto que vem construindo soluções em blockchain para pagamentos.
O Banco central destacou também que o processo de adesão de instituições participantes ao Pix será reaberto de forma permanente a partir de 1º de dezembro de 2020.
Fonte: Cointelegraph.